sexta-feira, 15 de abril de 2011


'Cinco anos.

Parece que foi ontem, mas sinto como se estivesse longe por uma eternidade. Quando era menina te via chorar de saudade. Sentava perto, muitas vezes até mesmo dizia entender... hoje sei que não entendia nada. Como conviver com a dor de uma ausencia que não abranda? Como continuar vivendo mesmo sabendo que uma parte sua, aquela que te deu a vida, não existe mais? Ai que está o pior, não existe em carne e ossos, mas palpita forte nesta ansia deste abraço que não se estreita, deste afago que nunca chega. Sabe Mãe, os dias passam e continuo pegando o telefone para te contar do meu dia. Sinto até mesmo o teu toque, principalmente quando os dias são difíceis. Dentro de mim há uma certeza imensa que vou reencontrá-la e passaremos horas falando e falando, tentando colocar em dia tudo aquilo que você perdeu dos meus dias. Sei que se tivesse o poder da escolha estaria aqui, me dando colo, rindo das minhas bobagens e dando as broncas, como toda mãe que ama não se furta em fazer.


Você não teve escolha e agora, não tenho outra alternativa a não ser prosseguir sem você...'




Ni...

Nenhum comentário: